Moradores da região Norte da tríplice fronteira — Brasil, Peru e Colômbia — chamam o local da Amazônia onde narcotráfico, garimpo, contrabando de madeira e pesca e caça ilegal se conectam de ‘‘o quintal do crime organizado”. A expressão se justifica: pesquisas feitas por estudiosos e operações policiais mostram como essa integração de diferentes grupos armados e a sobreposição de delitos colocam em risco povos indígenas, comunidades ribeirinhas e a floresta mais rica em biodiversidade do mundo.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que constam em relatório divulgado em fevereiro deste ano, dão a dimensão do problema. A taxa média de violência letal na Amazônia Legal, que se estende por nove estados, é 40,8% superior à verificada nos demais municípios brasileiros. Entre janeiro e novembro do ano passado, foram 21 assassinatos em conflitos na região, um aumento de 23% em relação a 2020.
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