Porto Alegre, quarta, 01 de maio de 2024
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'Mercado considera os dois candidatos ruins, cada um a seu jeito', diz Stuhlberger, sobre eleição, por Cristiane Barbieri/O Estado de São Paulo

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Para Luis Stuhlberger, ao contrário das eleições anteriores, esta não é considerada binária, no sentido de candidatos mais à esquerda ou à direita. Luis Stuhlberger, sócio fundador e presidente da gestora Verde Asset Management; “Os dois candidatos são ruins, cada um do seu jeito” Foto: Iara Morselli/ Estadão

 

 

Como boa parte do mercado financeiro, a gestora Verde Asset tem trabalhado com um cenário de uma vitória apertada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) frente a Jair Bolsonaro (PL), nas eleições de outubro. Poderia ser um sinal promissor, já que uma das conversas mais importantes que Luis Stuhlberger, presidente e sócio-fundador da empresa, diz ter tido em sua vida de gestor de recursos foi com o ex-ministro Aloizio Mercadante, em 2002. Stuhlberger diz ter percebido na interlocução com o assessor do então candidato Lula que o governo do PT não seria tão ruim quanto o mercado esperava, apostou no crescimento do Brasil e a Verde teve uma das melhores rentabilidades de sua longa história de sucessos.

Só que, há poucos dias, Stuhlberger jantou, ao lado de outros empresários, com Lula. Viu que o ex-presidente (e novamente candidato) tinha um olhar de quem acreditava no que dizia: a ideia é aumentar o salário mínimo para que a população volte ao consumo, os empresários ganhem dinheiro e a economia cresça. “Ele está falando sério e quer melhorar o Brasil, dentro da visão que ele tem”, disse Stuhlberger, em evento da Verde, na manhã desta terça-feira, 28.

O problema são os efeitos posteriores que as boas intenções escondem, como mostrou em números o economista-chefe da Verde Asset, Daniel Leichsenring, em evento em comemoração dos 25 anos do fundo nesta terça-feir, 28. O aumento do salário mínimo em 80% em termos reais no governo Lula e em 10% no governo Dilma resultou na explosão do déficit público, por conta do impacto na Previdência. Por esse e outros motivos o País, como se sabe, namorou com a insolvência no fim do governo Dilma.

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