Porto Alegre, sexta, 03 de maio de 2024
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Custos seguem pressionando produção de ovos no Rio Grande do Sul, por Diego Nuñez/Jornal do Comércio

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Rio Grande do Sul é o maior consumidor do produto, com média de 265 unidades per capita/ano ABPA/DIVULGAÇÃO/JC

 

 

Os custos de produção continuam pressionando as margens para a produção de ovos no Rio Grande do Sul. Insumos como milho, soja, energia elétrica e embalagens tiveram encarecimento maior do que o produto vendido nas granjas para o varejo. Segundo a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), entre março de 2020 e junho de 2022, o preço médio de uma caixa com 30 dúzias de ovo branco saiu de R$ 109,00 para cerca de R$ 157,00, um avanço de 44%. Já a caixa de 30 dúzias de ovo vermelho evoluiu, em média, de R$ 127,00 para R$ 176,00, um aumento de quase 39%.

Mesmo que a alta seja maior que a da inflação para o período, está ainda abaixo do avanço dos custos de produção. “Se pegarmos apenas o milho, que dita o custo sendo o principal insumo para a ração das aves, em março de 2020 oscilava perto de R$ 55,00 a saca (60kg). Em 2021, o preço chegou a R$ 105,00. É um aumento de quase 100%. Agora houve uma pequena redução e chegou a R$ 95,00 em maio. Ainda assim, é um aumento na casa dos 70%. E isso falando só do milho. Ainda tem energia elétrica e embalagem plástica”, afirma o presidente da Asgav, José Eduardo dos Santos.

“O setor ainda vem trabalhando com margens apertadíssimas e se esforçando para continuar produzindo uma proteína que é alternativa. Essa é a nossa realidade. Inclusive, houve períodos trabalhando com prejuízo no ano passado. Ajustes (de preço) foram feitos para o setor não entrar em colapso” complementa ele.

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