Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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PEC faz Bolsonaro ter expectativa fiscal pior que a de Dilma, por Alexa Salomão/Folha de São Paulo

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Desancoragem da inflação encosta em 70%; no pior momento em 2016, foi a 33%. O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL); PEC com benefícios sociais é vista como medida para melhorar desempenho nas eleições - Gabriela Biló/Folhapress

 

 

Diferentes indicadores começam a mostrar uma piora na percepção de risco fiscal no Brasil. Desancoragem da meta de inflação, alta do dólar, queda da Bolsa e piora do risco-país são alguns deles.

Segundo economistas e analistas políticos, a deterioração das expectativas é uma reação ao avanço, no Congresso, da PEC (proposta de emenda à Constituição) que gera R$ 41 bilhões de gastos excepcionais até o final de 2022, com chances de serem prorrogados nos anos seguintes.

A avaliação é que a medida é eleitoreira e populista. Simula um estado de emergência para liberar a distribuição de benefícios a três meses da eleição, na tentativa de reverter o mau desempenho do presidente Jair Bolsonaro (PL) na corrida à reeleição neste ano.

“O governo brasileiro passou três anos falando em modelo liberal para a economia e em responsabilidade fiscal, sem mencionar preocupação com pobreza, desigualdade ou vulneráveis. A inflação já vinha corroendo a renda e famílias já estavam ficando sem comida, mas só agora, na eleição, vem uma PEC ​que eleva gastos sociais”, afirma o cientista político Hussein Kalout, conselheiro consultivo internacional do Cebri (Conselho Brasileiro de Relações Internacionais) e pesquisador da Universidade Harvard, nos EUA.

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