A mãe do agente penal que matou o guarda municipal em Foz do Iguaçu (PR), Dalvalice Rosa, sustenta o relato de uma testemunha apresentado inicialmente à Polícia Civil do Paraná de que seu filho ouvia música relacionada ao presidente, Jair Bolsonaro (PL), enquanto passava de carro na noite de sábado pelo edifício da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física (Aresf), da qual seu filho é diretor. No local, Marcelo Aloizio de Arruda, que era líder do PT no município, comemorava seus 50 anos numa festa temática do partido. De acordo com a delegada Iane Cardoso, a vítima teria se incomodado com o som e foi para a parte externa pedir que o motorista, Jorge José da Rocha Guaranho, saísse dali. Imagens de uma câmera de segurança mostram que eles discutiram e Arruda jogou pedregulhos no carro de Guaranho. A declaração de Dalvalice foi dada ao portal UOL nesta segunda-feira.
— Estamos sem chão. O que aconteceu tem a ver com extremismo e intolerância política. Eles não se conheciam, e nada mais explica essa tragédia — disse Dalvalice. — Se eu estivesse lá, teria tentado impedir que isso acontecesse. Mal consigo imaginar a dor da outra família. Não se discute sobre religião, futebol, e política. Ninguém ganhou nada com essa provocação, só houve perdedores.
Arruda revidou o ataque a tiros em seu evento. Ferido, Guaranho foi socorrido inicialmente ao Hospital Municipal. Segundo Dalvalice, ele foi atingido no rosto e nas pernas.
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