A abertura oficial da discussão da união do chamado “centro democrático”, retirando a pré-candidatura própria ao governo do Estado para apoiar Eduardo Leite (PSDB), pode configurar um momento inédito para o MDB gaúcho após a redemocratização. O partido nunca deixou de ter cabeça de chapa na corrida pelo Palácio Piratini em dez eleições até aqui. Da dezena de pleitos em que teve protagonismo, a sigla elegeu o governador quatro vezes, tendo chegado ao segundo turno em outras três oportunidades.
Na última quarta-feira, uma reunião, com a presença do presidente nacional do partido, Baleia Rossi, da executiva estadual, do pré-candidato da sigla, Gabriel Souza, de parlamentares e representantes de prefeitos, abriu oficialmente flanco para que o MDB entre na chapa de Leite, podendo assumir a vice. O apoio do partido ao ex-governador no RS estaria ligado à decisão nacional do PSDB, que, em âmbito nacional, abriu mão de encabeçar chapa para compor com a senadora Simone Tebet (MDB-MS), candidata à presidência da República.
Embora a decisão final deva ser tomada somente na convenção partidária, prevista para o próximo dia 31, mesma data do encontro dos tucanos, a dobradinha, que já ocorreu nos pleitos de 1994 e 2002, porém com a inversão dos cargos na chapa, já que nas duas ocasiões foi o MDB que elegeu o governador, ficando o PSDB com o vice, é tratada como uma tendência. Caso isso ocorra, o União Brasil, que já declarou apoio ao ex-governador e recebeu a prioridade para definir o postulante à vice, abriria mão do posto. Internamente, isso não é visto como um impeditivo para a composição com os emedebistas.
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