Com dificuldades para formar alianças e impulsionar sua candidatura presidencial, o pedetista Ciro Gomes mergulhou na campanha estadual do Ceará em um esforço para evitar uma derrota em seu principal reduto eleitoral, em meio a sinais de isolamento e de atritos em família. Em terceiro lugar nas pesquisas, Ciro convive agora com um cenário nacionalizado na campanha cearense, que passou a ter palanques alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Lula (PT). Nas três vezes em que concorreu à Presidência, Ciro foi o mais votado no estado no primeiro turno, mesmo perdendo nacionalmente.
Enquanto Ciro expôs a necessidade de uma nova vitória estadual ao discursar no domingo, em Fortaleza, na convenção que lançou a candidatura do aliado Roberto Cláudio (PDT) ao governo, dois de seus irmãos faltaram ao evento: o prefeito de Sobral, Ivo Gomes, e o senador Cid Gomes. Cláudio foi escolhido candidato após uma disputa interna no partido com a atual governadora Izolda Cela (PDT), apoiada pelo ex-governador Camilo Santana (PT), aliado próximo a Cid. Camilo renunciou ao governo em abril para concorrer ao Senado, deixando a vice no cargo.
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