Porto Alegre, domingo, 12 de maio de 2024
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Brasil tenta barrar crítica à guerra na Ucrânia em declaração de ministros da Defesa, por Felipe Frazão/O Estado de São Paulo

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Canadá, com apoio dos Estados Unidos, sugeriu que a Declaração de Brasília abordasse o conflito na Ucrânia, iniciado por uma invasão da Rússia em fevereiro. A Conferência de Ministros de Defesa das Américas (CMDA), realizada em Brasília, é o maior fórum das Américas sobre o tema Defesa e Segurança WILTON JUNIOR/ ESTADÃO Foto: Wilton Junior/Estadão 26.07.2022

 

 

Militares do Brasil trabalharam para barrar uma condenação à guerra na Ucrânia e um pedido de cessar fogo na Declaração de Brasília, a carta de ministros da Defesa de 34 países das Américas, em discussão na capital federal. A redação final do documento passa pelos últimos ajustes nesta quarta-feira, dia 27. O texto precisa ser aprovado e assinado na quinta-feira, dia 28, em reunião plenária da Conferência de Ministros da Defesa das Américas (CMDA).

O Canadá, com apoio dos Estados Unidos, sugeriu que a Declaração de Brasília abordasse o conflito na Ucrânia, iniciado por uma invasão da Rússia em 24 de fevereiro. Os canadenses, representados por Michael Carter, diretor de Política do Hemisfério Ocidental, indicaram a inclusão do seguinte parágrafo na carta dos ministros:

“Seu compromisso de defender os valores da autodeterminação, da liberdade de opressão estrangeira, do respeito às fronteiras reconhecidas internacionalmente e da soberania nacional, – sobre os quais todos os Estados-Membros da CMDA foram fundados. A paz e a prosperidade do Hemisfério Ocidental – e, de fato, do mundo inteiro – depende da adesão e do respeito a esses valores. Violência e agressão, como estamos testemunhando com a invasão russa da Ucrânia, não é a resposta para disputas. As nações da CMDA pedem a cessação das hostilidades e, como solicitado nos Princípios de Williamsburg, para a resolução deste conflito por acordo negociado.”

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