Porto Alegre, domingo, 19 de maio de 2024
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'Estamos vendo a ponta do iceberg', diz infectologista sobre primeira morte por varíola dos macacos, por Constança Tatsch e Giulia Vidale/O Globo

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'Estamos vendo a ponta do iceberg', diz infectologista sobre primeira morte por varíola dos macacosAmostra contendo vírus da varíola dos macacos. Foto: AFP

 

 

A primeira morte por varíola dos macacos no Brasil, confirmada nesta sexta-feira, mobilizou a comunidade científica que alerta para a subnotificação e riscos da doença.

Para Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e professor da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), a situação exige ações mais firmes do governo.

— No Brasil já tem mil casos, uma morte, e estamos vendo só a ponta do iceberg, mas não há uma política assertiva. As pessoas que estão mais em risco são os homens que fazem sexo com homens, há uma transmissão sustentada nesse grupo, por isso a orientação de diminuir número de parceiros e evitar sexo com desconhecidos, mas é preciso lembrar que é uma doença global, já temos casos de grávida, crianças, ou seja, vai se democratizar e para não acontecer com mais óbitos precisamos de mais planejamento.

Para o infectologista, essa morte mostra que a doença oferece risco — embora esse tenha sido o sexto caso de óbito neste surto atual e o primeiro fora do continente africano.

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