Porto Alegre, quarta, 08 de maio de 2024
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'Filhos do MST' encampam bandeiras de agroecologia, reforma agrária e inclusão, por Douglas Gavras/Folha de São Paulo

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Geração que nasceu ou cresceu em assentamentos tem mais acesso à universidade que seus pais e mira futuro na política. Camilo Ramalho Santana, em assentamento no RS Daniel Marenco/Folhapress

 

 

A infância de Camilo Ramalho Santana, 24, foi diferente da que a maior parte dos brasileiros teve. Mineiro de Contagem, ele cresceu em um acampamento em Ariquemes, Rondônia, e lembra com nostalgia de seus primeiros anos como militante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

“Como ficamos acampados por muito tempo, a terra foi repartida mesmo antes da regularização pelo Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária]. Com o tempo, a gente não estava mais morando na barraca de lona. Não tínhamos acesso a crédito, mas tinha uma escola itinerante. Estávamos mobilizados o tempo todo, pelas ameaças de despejo, mas sempre tinha festa no acampamento”, conta.

Por alguns meses do ano, o jovem deixa sua casa na região Norte e vai para um assentamento do MST na região Sul, conhecido pela produção de arroz orgânico e onde ele faz graduação em história, em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul. “A universidade vem para dentro do assentamento. Estou no sexto período, de nove.”

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