Porto Alegre, sexta, 17 de maio de 2024
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Produção de queijo ganha força em solo gaúcho, por Nereida Vergara/Correio do Povo

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Consumo modificado a partir da pandemia, possibilidade de agregar valor à cadeia leiteira e melhorar a remuneração do produtor, além do aproveitamento do soro, são razões que vêm impulsionando o segmento | Foto: Cooperativa Santa Clara / Divulgação / CP

 

 

A Pesquisa de Orçamentos Familiares feita periodicamente pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE) indica que 10% dos laticínios consumidos pelos brasileiros corresponde aos queijos. O mais consumido é o queijo muçarela, principalmente em regiões como Sudeste e Sul, com alta influência da colonização italiana. Mais recentemente, entretanto, o olhar do brasileiro tem se ampliado para os queijos especiais e até mesmo para um paladar gourmet deste alimento. O consumo per capta nacional ainda está distante daquilo que a indústria considera ideal, mas tem espaço para o crescimento. Em média, conforme a Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq), o cidadão brasileiro consome de 5 quilos a 5,5 quilos de queijo por ano. Este volume é bem menor do que o apurado em países do Mercosul, como a Argentina, onde chega a 12 quilos, e o Uruguai, onde está entre 7 e 8 quilos.

O diretor de comunicação externa da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella, avalia que que o paladar nacional começa a despertar para os queijos de alta qualidade e especiais. O grupo é líder na captação de leite no Brasil, com 19 unidades produtivas em oito estados, incluindo o Rio Grande do Sul. A marca principal da Lactalis no Brasil é a francesa Président, tanto nos queijos commodities (muçarela e prato), como em produtos especiais como o camembert, o brie e o holandês maasdam. “Estamos trabalhando para ambientar o brasileiro com novos paladares, porque aqui o queijo mais preferido é o muçarela, ao contrário dos países da Europa, onde o olhar é mais aberto para outros tipos”, comenta Portella.

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