Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Manuela D'Ávila denuncia novos ataques contra ela, a filha e Lula: 'Ser mulher pública é ser ameaçada', por Luísa Marzullo/O Globo

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Recentemente, a ex-deputada afirma ter desistido de concorrer ao Senado por ataques contra ela e sua família. A ex-deputada Manuela D'Avila e a filha, Laura, recebem novas ameaças nas redes Divulgação

 

 

Após desistir de concorrer ao Senado Federal, a ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB) denunciou, nesta segunda-feira, novas ameaças contra ela e sua filha, Laura, de apenas seis anos. Em print divulgado pela vice na chapa de Fernando Haddad (PT) à Presidência em 2018, um internauta xinga, faz comentários sexuais a filha de Manuela e ameaça esquartejar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Ser uma mulher pública no Brasil é ser ameaçada permanente. É conviver com a ameaça de estupro como correção pela coragem, com a ameaça de morte como silenciador”, escreveu na publicação.

“Essa é mais uma das ameaças que eu, minha filha e também minha mãe sofremos”, completou a ex-deputada. A deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) e da pré-candidata ao Congresso Nacional Erika Hilton (PSOL-SP), se solidarizaram com a colega. “Estamos com você, Manu”, escreveu Erundina.

O histórico de violência política contra Manuela D´Ávila não data de hoje. Em 2020, quando concorreu à Prefeitura de Porto Alegre, a então candidata precisou recorrer à polícia para investigar ameaças à filha, que na época tinha 5 anos. Em maio deste ano, Manuela D’Ávila decidiu desistir de tentar qualquer cargo em 2022, e citou como razão a “desunião da esquerda” no seu estado natal, Rio Grande do Sul, além da rotina de ataques contra ela e sua família nos últimos sete anos.

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