Porto Alegre, terça, 21 de maio de 2024
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De Emília a David: a cirurgia que, há um século, desafiou a sociedade de BH, por Gustavo Werneck/Estado de Minas

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Série de reportagens resgata operação pioneira em Minas que redefiniu gênero de jovem de 19 anos e abriu caminho para outras, mas também para muito preconceito. Foto da turma de colégio feminino em que estudou Emília Soares, que se tornou David Soares após cirurgia de desambiguação de sexo em 1917. Emília é a primeira da fila, à direita (foto: CEMEMOR/Faculdade de Medicina/UFMG)

 

 

O ano é 1917. A cidade, Belo Horizonte. Nesse tempo e espaço, vidas se encontram e mudam seus destinos. Pelas mãos de um médico mineiro, em cirurgia pioneira, a jovem Emília, de 19 anos, torna-se David – rapaz que, com o nome alterado na carteira de identidade, se casaria mais tarde com uma antiga colega do colégio feminino em que estudara antes da operação.

O caso ficou conhecido popularmente como a primeira “mudança de sexo” realizada em Minas Gerais e, até a década de 1930, teve grande repercussão, pois outras intervenções do tipo seguiram sendo feitas na cidade. Histórias ligadas a temas atualíssimos da medicina e dos costumes, que a partir de hoje o Estado de Minas reconta, resgatando episódios marcantes da capital inaugurada havia apenas duas décadas e que ainda dispunha de poucos avanços na área médica.

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