Morreu nesta quarta-feira (17) o homem que eternizou um dos bordões mais simples e bonitos das transmissões de rádio no Brasil: “Alô, amigos”. Simples e bonitas como eram suas locuções. Armindo Antônio Ranzolin morreu aos 84 anos após complicações do Alzheimer. Mas a voz que eternizou as conquistas do Tri brasileiro do Inter, de duas Libertadores e do Mundial do Grêmio e do Tetra da Seleção ficará para sempre viva na memória do Rio Grande do Sul. O velório será nesta quinta-feira (18) a partir das 8h e a cerimônia está prevista para as 15h no Crematório Metropolitano.
“Vou sentir muita falta deste abraço. Vai em paz, meu pai. Amor infinito e eterno!”, escreveu em suas redes sociais a jornalista Cristina Ranzolin, apresentadora do Jornal do Almoço.
A voz poderosa que traduziu as emoções dos campos de futebol e foi protagonista de coberturas inesquecíveis de Grêmio e Inter se calou. Ranzolin construiu uma carreira de quase meio século junto ao microfone, que foi seu companheiro desde os 17 anos. Esteve em seis Copas do Mundo, entrevistou presidentes, governadores, ministros, artistas, embaixadores, gente comum. Cobriu eleições, tragédias, festas, golpes. Esteve onde a notícia o chamava.
Ranzolin nutria o sonho de ser narrador ainda na infância em Lages (SC). A família era de Flores da Cunha, mas ele nasceu em Caxias do Sul no dia 8 de dezembro de 1937. Aos 20 anos, mudou-se para Porto Alegre para estudar. Formou-se em Direito na UFRGS, em 1964, mas nunca abandonou a ideia de ser locutor.
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