A exposição fotográfica “Beirute: os Caminhos dos Olhares”, mostra imagens do fotógrafo libanês Dia Mrad, que retratam os desdobramentos da trágica explosão que atingiu o coração da capital libanesa em 4 de agosto de 2020, causando terrível destruição e tirando mais de 200 vidas. Considerada a segunda maior explosão não nuclear do mundo, a tragédia tirou a vida de mais de 200 pessoas, feriu outras milhares e destruiu metade da capital do país.
Após dois anos do incidente, a exposição “Beirute: o caminho dos olhares”, com 28 fotografias fine art do artista libanês Dia Mrad, que percorre o Brasil, chega a Brasília, com o apoio da Embaixada do Líbano e Centro Cultural Banco do Brasil.
O fotógrafo, que chegou a Beirute no dia seguinte à catástrofe, realizou uma verdadeira peregrinação pelos restos pulverizados da cidade e confirmou uma verdade insondável: o local havia sido dizimado. A partir daí, Mrad, que desde 2017 costumava fazer registros da arquitetura do país, sucumbiu ao seu ofício e passou a capturar sua nova realidade.
Assim que a poeira baixou e a fumaça dissipou, a jornada reveladora de Dia Mrad iniciada na manhã de 5 de agosto de 2020 – uma peregrinação pelos restos pulverizados da cidade -, confirmou uma verdade insondável, que Beirute foi dizimada. Essa jornada deu o tom para um novo capítulo na obra de Mrad, que destaca uma ligação emocional com seu tema principal, a arquitetura da capital libanesa. Depois de passar anos capturando a realidade construída na cidade, ela estava agora nua e exposta. Sucumbindo ao seu ofício, Mrad passou a capturar sua nova realidade.
Dia Mrad é um fotógrafo libanês de arquitetura. Nasceu em 1991, em Ras Baalbeck, e mudou-se para Beirute em 2007, cidade que instantaneamente o intrigou com o seu “mistério e fascínio arquitetônico cativante”.
O caminho para explorar sua curiosidade materializou-se em 2011, com a graduação em arquitetura, quando Dia também começou a utilizar a fotografia como ferramenta para explorar padrões e analisar situações urbanas. Após se formar em 2017, iniciou uma prática baseada na mistura de fotografia e formação acadêmica para tentar decifrar Beirute, que ainda era um mistério para ele.
A exposição ficará aberta ao público entre os dias 8 de setembro e nove de outubro, na galeria V do CCBB. A entrada é franca e a classificação é livre.