Quando grupos de torcedores trocam socos, pontapés, tiros e pauladas em esquinas das cidades, ao redor ou até mesmo dentro dos estádios, eles estão repetindo uma prática milenar. A de se agrupar, tal qual na idade da pedra polida (8 mil anos a.C a 4 mil anos a.C), para se proteger de inimigos que podem atacar seus núcleos urbanos recém-formados.
Nos tempos atuais, o perigo real é ilusório. Ele apenas veste outra camisa. A do clube rival. Esta diferença, para tais grupos, acaba sendo pretexto para extravasar frustrações vindas de outras áreas: desemprego, falta de perspectivas, da busca de uma identidade. Neste cenário, a efetivação de alianças se tornou uma necessidade para essas torcidas organizadas de futebol, que formam verdadeiras gangues.
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