Uma pesquisa feita pela Quaest a pedido do Monitor do debate político, grupo de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), apontou um índice preocupante de eleitores que consideram em alguma medida a violência justificada se o candidato adversário vencer. Esse dado está muito próximo ao identificado por cientistas sociais nos Estados Unidos que acenderam o alerta em 2020, um ano antes da invasão do Congresso americano.
A Quaest perguntou em todo o Brasil a eleitores de Lula e demais candidatos da terceira via o quanto consideram justificado o uso de violência se Jair Bolsonaro vencer; e perguntou a eleitores de Bolsonaro e dos demais candidatos da terceira via o quanto consideram justificado o uso de violência se Lula vencer. Os entrevistados podiam responder que consideram “muito justificado”, “um pouco justificado” e “nada justificado”.
Os números variam um pouco entre os eleitores de um ou outro candidato, mas, em geral, um em cada cinco eleitores considera o uso da violência justificado em alguma medida se o adversário vencer —cerca de metade considera “muito justificado” e a outra metade “um pouco justificado”. Os números não variam muito entre eleitores de esquerda e de direita. A pesquisa foi feita com 1.500 entrevistas presenciais domiciliares e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.
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