Foram duas as vezes em que os ventos da política quase definiram o rumo de Marcos Uchôa. Na primeira delas, em 1975, o então jovem de 17 anos estava em uma fila, prestes a se inscrever no vestibular, quando ouviu um sujeito recomendar o curso de ciências sociais. Sem outras opções na manga e, àquela altura, um entusiasta da tentativa de reconstrução da União Nacional dos Estudantes (UNE), acatou a sugestão. “Era a volta da política, achei interessante”, conta.
Com cabelos longos que se estendiam para além da linha dos ombros e uma rotina preenchida por partidas de futebol na praia, o carioca destoava de seus colegas de classe —em sua maioria, mais velhos e já empregados. Mas seriam outros os motivos que o fariam desistir da graduação. “A gota d’água foi quando, em uma reunião de estudantes, estavam debatendo se apoiariam ou não a China. Achei de uma pretensão, de um ridículo. Não deu pra mim.”
A segunda vez ocorreu neste ano, quando se filiou ao PSB e se lançou candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro aos 64 anos. Defendendo bandeiras como a urgência de dar comida aos que passam fome, a criação de uma renda mínima e a ampliação do ensino público integral, nas últimas semanas ele percorreu cidades do estado como Volta Redonda, Rio Bonito, Macaé e Cabo Frio.
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