Porto Alegre, quinta, 16 de maio de 2024
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Revelações de violência sexualizada abalam esporte alemão; da Deutsche Welle

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Ex-campeão olímpico revela em documentário como sofreu abusos de seu treinador dos 11 aos 25 anos. E denuncia rede de silêncio em torno dos delitos: "Associação de Natação passa por cima de cadáveres", afirma Jan Hempel. Jan Hempel aos 23 anos, ao competir no Campeonato de Natação FINA, em RomaFoto: Laci Perenyi/IMAGO

 

 

“Me dá nojo”, foi o comentário de Karla Borger, presidente da organização Athleten Deutschland, às mais recentes acusações de abuso sexual no esporte alemão, desencadeadas por um documentário da emissora de TV ARD, em que, o ex-campeão mundial de salto ornamental Jan Hempel revela que sofrera abusos repetidos por seu treinador Werner Langer desde os 11 anos de idade, de 1982 até 1996.

No programa sobre violência sexualizada na natação profissional alemã, transmitido no sábado (20/08) pela emissora de direito público, Hempel acusou responsáveis da Associação Alemã de Natação (DSV) de saberem dos delitos, sem nada terem feito.

“Eu sofri no próprio que para a DSV só o sucesso esportivo importa. Simplesmente se passa por cima de cadáveres. Não importa como. E quem não vai nessa onda é simplesmente chutado para fora.” Pelo menos era assim na época – mas algumas personagens ainda estão lá: o atleta menciona explicitamente Lutz Buschkow, há 20 anos treinador-chefe federal dos saltadores alemães.

Borger, de 33 anos – que representa os interesses dos atletas alemães e atualmente compete no Campeonato Europeu de Vôlei de Praia, em Munique – declarou-se “abalada” pela revelações, exigindo que se investigue “o que acontece nos bastidores”.

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