Quatro anos após as redes sociais terem papel de protagonismo na disputa eleitoral, gastos de candidatos com impulsionamento de conteúdo explodiram neste ano e, a menos de uma semana para o primeiro turno, já superam o total dispensado na campanha passada. Segundo levantamento do GLOBO a partir de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a estratégia digital já custou R$ 120,9 milhões, contra R$ 98 milhões com o mesmo tipo de despesa durante os dois turnos de 2018, em valores corrigidos pela inflação. Ao mesmo tempo, as cifras despendidas para produzir programas eleitorais para TV e rádio, que respondiam por quase metade do investimento em propaganda eleitoral, caíram 32% e hoje são menos de um terço.
No caso da produção dos programas eleitorais, passaram de R$ 431,7 milhões há quatro anos para R$ 294,3 milhões agora. A comparação considera despesas até a última quarta-feira com os valores gastos até os últimos 11 dias do primeiro turno em 2018.
Embora o aumento nos gastos possa ser explicado pelo crescimento do fundo eleitoral — passou de R$ 2 bilhões para R$ 4,9 bilhões —, a importância que os candidatos deram ao impulsionamento foi maior neste ano. Em 2018, era apenas o décimo item entre todos os tipos de despesas e, a esta altura da campanha, havia sido gasto R$ 66,6 milhões. Agora, após o valor aumentar 81%, passou para a sexta posição.
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