Porto Alegre, sexta, 17 de maio de 2024
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Campanhas têm disparo de gastos com redes sociais e menor investimento na TV; veja os números, por Melissa Duarte e Dimitrius Dantas/O Globo

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Levantamento mostra que a estratégia digital já custou R$ 120,9 milhões, contra R$ 98 milhões com o mesmo tipo de despesa em 2018. Impulsionamento pelas redes sociais conquistou os candidatos Reprodução

 

 

Quatro anos após as redes sociais terem papel de protagonismo na disputa eleitoral, gastos de candidatos com impulsionamento de conteúdo explodiram neste ano e, a menos de uma semana para o primeiro turno, já superam o total dispensado na campanha passada. Segundo levantamento do GLOBO a partir de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a estratégia digital já custou R$ 120,9 milhões, contra R$ 98 milhões com o mesmo tipo de despesa durante os dois turnos de 2018, em valores corrigidos pela inflação. Ao mesmo tempo, as cifras despendidas para produzir programas eleitorais para TV e rádio, que respondiam por quase metade do investimento em propaganda eleitoral, caíram 32% e hoje são menos de um terço.

No caso da produção dos programas eleitorais, passaram de R$ 431,7 milhões há quatro anos para R$ 294,3 milhões agora. A comparação considera despesas até a última quarta-feira com os valores gastos até os últimos 11 dias do primeiro turno em 2018.

Embora o aumento nos gastos possa ser explicado pelo crescimento do fundo eleitoral — passou de R$ 2 bilhões para R$ 4,9 bilhões —, a importância que os candidatos deram ao impulsionamento foi maior neste ano. Em 2018, era apenas o décimo item entre todos os tipos de despesas e, a esta altura da campanha, havia sido gasto R$ 66,6 milhões. Agora, após o valor aumentar 81%, passou para a sexta posição.

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