Porto Alegre, sábado, 04 de maio de 2024
img

Empresários querem definição clara de Lula sobre política econômica antes de declarar apoio, por Fernanda Guimarães e Fernando Scheller/O Estado de São Paulo

Detalhes Notícia
Grupo do PIB que apoiou Simone Tebet (PMDB) agora tende para o candidato do PT, desde que ele migre para o centro, tanto na política quanto na economia; uma minoria deve priorizar Bolsonaro. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

 

 

Uma parcela do Produto Interno Bruto (PIB) que apostou até o fim as suas fichas na “terceira via”, representada pela candidata Simone Tebet (MDB), percebeu que agora terá de escolher um lado da polarização, já que os votos dos eleitores se concentraram nos candidatos do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e do PL, Jair Bolsonaro. A resistência maior nesse grupo a Bolsonaro, especialmente pela condução da crise da pandemia de covid-19, não quer dizer, porém, apoio automático a Lula no segundo turno, conforme apurou o Estadão com várias fontes do empresariado e do mercado financeiro nesta segunda-feira, 3. E isso apesar das expectativas de que a própria Tebet anuncie apoio a Lula nos próximos dias.

A posição de João Nogueira, conselheiro de diversas empresas, entre elas a petroquímica Braskem e a Wiz (de soluções para seguros), resume bem o humor dos apoiadores de Tebet. “Antes de mais nada, Lula precisa explicitar e construir um programa negociado com o centro democrático. Precisa ter uma âncora fiscal clara (para conter os gastos públicos), apoio à reforma tributária que está no Senado e quais são os programas sociais e educacionais que serão levados adiante”, diz Nogueira. “O que a gente quer ver é um programa moderno e direcionado para combater as desigualdades, mas com responsabilidade.”

Leia mais em O Estado de São Paulo