Porto Alegre, quarta, 01 de maio de 2024
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Bancada indígena no Congresso cresce impulsionada por ativismo e terá aliados de Bolsonaro, por João Gabriel e Angela Boldrini/Folha de São Paulo

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Parlamentares autodeclarados indígenas chegam a sete, com nomes como Sonia Guajajara e Hamilton Mourão. Sonia Guajajara, eleita deputada federal pelo PSOL - Amanda Perobelli - 21.set.22/Reuters

 

 

Após uma mobilização inédita nas eleições de 2022, os indígenas aumentaram de 1 para 7 o número de parlamentares no Congresso. Entre os eleitos há candidaturas impulsionadas por entidades como Apib (Articulação dos Povos Indígenas) e nomes conservadores ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Por outro lado, a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), primeira mulher indígena a se eleger para o Congresso e única representante na legislatura atual, recebeu 11 mil votos e não conseguiu se reeleger.

Em todo o país, as eleições registraram aumento no número de candidaturas autodeclaradas de indígenas em relação ao pleito de 2018. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), elas passaram de 133 para 186, crescimento de 40%. Em 2014, eram 85. As mulheres indígenas, que compõem a maioria entre os eleitos, tiveram crescimento ainda maior no número de candidaturas: de 49 em 2018 para 82 neste ano.

No campo progressista, os movimentos indígenas elegeram Sonia Guajajara (PSOL-SP), coordenadora da Apib, e Célia Xakriabá (PSOL-MG). Ambas venceram com agenda antibolsonarista, que inclui o combate ao garimpo ilegal, a preservação da cultura dos indígenas e do ambiente e a contenção de projetos como a regulamentação da exploração do solo em terras indígenas e a tese do marco temporal, que considera territórios indígenas apenas os ocupados na promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.

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