Após dois meses de campanha, com o eleitorado dividido e o arsenal de propostas quase esgotado, os dois postulantes à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), enxergam no cabo de guerra dos índices de rejeição o atalho mais curto para a vitória no segundo turno. Nos QGs das duas campanhas, a ordem é intensificar ataques para ampliar o desgaste da imagem do adversário e, na defesa, aplicar novas estratégias para reverter a repulsão que prejudica o crescimento e deve decidir a eleição.
Apenas em 2018, os dois candidatos que foram ao segundo turno foram tão rejeitados quanto agora. O tema é um dos que mais preocupam o núcleo duro petista, já que o percentual de brasileiros que rechaçam o voto em Lula tem avançado desde o mês passado, quando era de 33% e, conforme o Ipec, atingiu 42% no segundo turno. Na tentativa de conter o avanço, a campanha está encadeando uma série de ações, como a tentativa de aproximação a personagens inicialmente refratários ao ex-presidente, o uso da presidenciável derrotada Simone Tebet (MDB) e investidas na direção dos evangélicos.
Enquanto os números apontam tendência de alta contra o petista, o índice de eleitores que rejeitam Bolsonaro vem caindo. De acordo com o Ipec, em 26 de setembro, estava em 51% e passou a 48% no levantamento divulgado na segunda-feira. O principal temor petista é de que Lula e Bolsonaro atinjam o empate técnico na semana que vem, quando haverá nova sondagem.
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