Porto Alegre, sábado, 18 de maio de 2024
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Base de Bolsonaro fracassa e votação de projeto que pune instituto de pesquisa é adiada, por Lauriberto Pompeu/O Estado de São Paulo

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Presidente da Câmara queria votar texto nesta terça-feira, mas nem líderes do Centrão concordaram. O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), defende a criminalização dos institutos de pesquisa Foto: Paulo Sergio/Divulgação – 18/05/2022

 

 

A base do governo na Câmara não conseguiu votar o projeto de lei que criminaliza erros nas pesquisas eleitorais e prevê penas de até dez anos de prisão. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a anunciar que o texto seria votado até esta terça-feira, 11, mas a iniciativa fracassou por falta de acordo. Não há data marcada para nova votação.

Líderes de partidos disseram a Lira que votar um projeto tão polêmico como esse, às vésperas das eleições, daria margem para acusações de casuísmo. Até mesmo aliados do presidente Jair Bolsonaro avaliaram que não era hora de discutir o assunto e pediram adiamento.

“Todos entendem a necessidade, mas há divergências sobre o momento”, disse ao Estadão o deputado Vinicius Carvalho (SP), que representa a bancada do Republicanos. “Um projeto desses não deve ser votado de forma açodada. Temos que avaliar o impacto que tal medida causará e se é isso o que o Parlamento vai querer.”

Lira dá voz de comando ao Centrão, bloco de sustentação do governo Bolsonaro no Congresso, mas não conseguiu reunir até agora apoio suficiente para votar o projeto que pune os institutos de pesquisa. Ele tem negado que o objetivo seja criminalizar as pesquisas de intenção de voto. Diz, porém, que é preciso cobrar algum tipo de ressarcimento de institutos que ”induzem” o eleitor a erro, proibindo sua participação em outras eleições.

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