Porto Alegre, quarta, 01 de maio de 2024
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Centrão descarta tese bolsonarista de adiar eleição e Faria se arrepende da estratégia das rádios, por Felipe Frazão e Lauriberto Pompeu/O Estado de São Paulo

Detalhes Notícia
Ministro das Comunicações afirma que parou de tratar de denúncia que apresentou há três dias, após suposta irregularidade, rejeitada pela Justiça Eleitoral, dar vazão à defesa de proposta para postegar o 2º turno. O ministro das Comunicações, Fabio Faria, e Fabio Wajngarten (à esquerda), um dos coordenadores da campanha, apresentaram relatório alegando fraude na veiculaçao de propaganda de Jair Bolsonaro em rádios Foto: Evaristo Sa/AFP

 

 

Após a proposta de adiar o segundo turno das eleições ganhar a adesão da família do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, abandonou a estratégia de questionar a veiculação de propaganda eleitoral nas rádios. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, sugeriu que, para haver reparação ao pai, as eleições teriam de ser postergadas. A ideia conta, porém, com forte oposição do Centrão, que teme ser associado à defesa de um golpe e do incentivo a uma tática para ganhar no “tapetão”. Fábio Faria disse ao Estadão que se arrependeu de ter divulgado o caso das rádios quando o tema passou a ser usado para suspender a votação no próximo domingo.

“Tentei mediar um acordo para recebermos inserções e não foi possível. Aí saí do tema”, disse Faria ao Estadão. “Tentei o que pedia a peça (dos advogados) para recuperar algumas inserções nessas rádios. Depois que escalou, eu saí e isso eu me arrependo. Esse assunto prejudica o presidente”, completou o ministro, que é filiado ao PP, partido do Centrão. O bloco dá sustentação a Bolsonaro no Congresso.

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