Após a proposta de adiar o segundo turno das eleições ganhar a adesão da família do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, abandonou a estratégia de questionar a veiculação de propaganda eleitoral nas rádios. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, sugeriu que, para haver reparação ao pai, as eleições teriam de ser postergadas. A ideia conta, porém, com forte oposição do Centrão, que teme ser associado à defesa de um golpe e do incentivo a uma tática para ganhar no “tapetão”. Fábio Faria disse ao Estadão que se arrependeu de ter divulgado o caso das rádios quando o tema passou a ser usado para suspender a votação no próximo domingo.
“Tentei mediar um acordo para recebermos inserções e não foi possível. Aí saí do tema”, disse Faria ao Estadão. “Tentei o que pedia a peça (dos advogados) para recuperar algumas inserções nessas rádios. Depois que escalou, eu saí e isso eu me arrependo. Esse assunto prejudica o presidente”, completou o ministro, que é filiado ao PP, partido do Centrão. O bloco dá sustentação a Bolsonaro no Congresso.
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