A militância radicalizada que incentiva e organiza bloqueios nas estradas via Telegram entendeu que deve manter os atos que questionam o resultado da eleição depois do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), que rompeu o silêncio após 45 horas.
O presidente incentivou o que chamou de manifestações pacíficas, não reconheceu a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se limitou apenas a dizer que é contrário ao cerceamento de ir e vir.
A fala serviu como gasolina para os grupos que têm defendido um golpe de Estado.
“Vamos pedir sim intervenção federal”, “estou mais animada e otimista para ir às ruas amanhã!”, “ele não falou que não é para manifestar. Esse é o sinal que ele nos deu”. “O recado ele deu: Manifestação pacífica sem trancar as passagem. E sim é ir para frente dos quartéis. Gente, essa é a hora” são exemplos de mensagens de repercussão do discurso.
A movimentação dos grupos nas horas que antecederam o pronunciamento de Bolsonaro sinalizava que aqueles que estão buscando coordenar as comunicações queriam transmitir a ideia de que o teor do discurso não deveria ser levado em consideração.
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