Na tarde de quarta-feira (02/11), durante manifestação em Porto Alegre, um homem foi preso por lesão corporal. Uma equipe de reportagem gravava imagens sobre a manifestação quando o cinegrafista e o auxiliar das gravações foram agredidos por um homem que, após proferir socos nos profissionais, quebrou seus equipamentos de gravação.
Os policiais militares da Força Tática do 11º Batalhão de Polícia Militar avistaram a situação, intervindo e realizando a contenção do indivíduo que não apresentou resistência ativa, embora demonstrasse sinais latentes de embriaguez.
As partes foram conduzidas para o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre para a realização de exames e após, serão conduzidos à 2ª Delegacia de Polícia.
Ocorrência ainda em andamento
Segundo relato do repórter Matheus Goulart logo após as agressões essa foi a sequência de fatos:
“Estávamos gravando a manifestação bolsonarista no centro da cidade. Queríamos acessar outro ponto, enquanto gravávamos.
Estava tudo tranquilo, na Bento Martins com a Andradas. Povo nos recebia bem.
De repente, um homem com a camiseta do presidente Jair Bolsonaro entrou nesse “círculo” em que estávamos. Por trás, começou a dar socos. Atingiu a nuca do Rogério, a cara do Moisés (que caiu no chão) e o equipamento. Microfone direcional, lapela, luz… quebrados. Mas f…. . Importante é que Moisés e Rogério não se machucaram tanto.
O homem ainda ficou parado, encarando. Fomos tirar satisfação. Sangue quente, mas sem agredir. Pessoal que tava em volta – a princípio – ficou do nosso lado. Depois, o homem fugiu.
Fomos atrás dele. Encontramos ele já embaixo da estrutura da Casa de Cultura Mário Quintana. Estava parado de novo. Algumas pessoas em volta, uma em especial segurando ele. Liguei para o 190 para que fosse preso, mas me disseram que deveríamos procurar alguma viatura no entorno.
O homem fugiu de novo, e seguimos atrás. Quando vimos, ele estava já com a Brigada Militar na João Manoel com a Andradas.
A partir daí, ficamos juntos da Brigada. Curiosidade: enquanto estávamos junto da brigada, muitos manifestantes nos xingavam. Diziam que era um “petista infiltrado”, que éramos mentirosos, comunistas. Uma baboseira desse tipo.
Estamos a caminho do Pronto Socorro. Felizmente, sem grandes complicações. Moisés e Rogério foram machucados.
Depois, faremos B.O.”
