Aliados do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), avaliam, sem alarde, alternativas para substituir o orçamento secreto, artifício criticado pelo petista durante a campanha e por meio do qual parlamentares indicam verbas da União sem serem identificados e de forma desigual. Eles já receberam sinais de que a atual cúpula do Congresso está disposta a negociar mudanças.
Por ora, o grupo de Lula pretende levar eventuais conversas em marcha lenta. O futuro governo aposta na possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar a ilegalidade do instrumento. Isso pouparia o presidente eleito dos desgastes de uma negociação com o Congresso para pôr fim ao expediente que empoderou deputados e senadores.
O orçamento secreto previsto para 2023 é de R$ 19,4 bilhões. Hoje, a partilha desses recursos é capitaneada pelos caciques do Centrão, principalmente o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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