O preço dos combustíveis é uma das armadilhas do complexo campo minado que o governo Lula enfrentará a partir de janeiro de 2023. Sancionada por Jair Bolsonaro, a política que cortou impostos e reduziu os valores nas bombas dos postos tem a mesma validade da gestão do atual presidente. Caso Lula decida não dar continuidade à isenção de tributos, os preços da gasolina, diesel e etanol devem, no ano que vem, anular boa parte dos descontos concedidos desde junho passado, quando a medida entrou em vigor.
Uma das promessas de campanha de Lula foi a de voltar a investir em refinarias, para reduzir a dependência da importação de combustíveis do mercado externo e permitir que o petróleo nacional seja refinado. A estratégia não é novidade, e replica um passado delicado para o governo, especialmente para o futuro presidente.
Os investimentos bilionários em projetos como o Comperj e a refinaria Abreu e Lima, desenhados durante o último governo Lula, resultaram em obras que nunca foram concluídas e que custaram bilhões aos cofres públicos – seja por ineficiência ou por pura corrupção.
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