Porto Alegre, sábado, 04 de maio de 2024
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O dilema de Lula: vários senadores são candidatos a ministro, mas podem deixar suplentes pouco alinhados ao PT, por Ana Viriato/Isto É

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Lista de “reservas” dos senadores-ministeriáveis de Lula tem neófitos, camaleões da política e até mesmo bolsonaristas. Petista precisará ter jogo de cintura para prestigiar aliados sem perder a governabilidade

 

 

Os caminhos para o poder em Brasília têm atalhos e a escalação para a Esplanada na gestão Lula deve refletir um deles, estampando o quão vantajoso pode ser para neófitos disputar as eleições na suplência. O petista quer levar para o alto escalão uma cota de senadores eleitos. Para assumir os postos, os congressistas se licenciarão dos mandatos, cedendo os assentos a seus “reservas”. O troca-troca tende a causar dores de cabeça ao futuro presidente. É que, na “linha de sucessão” de seus principais aliados, há nomes sem traquejo político, afeitos à mudança de espectro ideológico por conveniência e até mesmo potenciais lideranças da oposição. Não à toa, a lista de senadores-ministeriáveis está sendo cuidadosamente analisada pelo QG de transição em uma operação para minimizar danos à base lulista no Salão Azul, que a partir do ano que vem estará recheado por expoentes do bolsonarismo.

A relação de senadores candidatos à Esplanada dos Ministérios é extensa. Wellington Dias está entre os nomes dados como “certos” para o governo. O assento dele no Senado será ocupado pela estreante Jussara Lima. Filiada ao PT, a socióloga já passou por PSD e PTB. Jamais concorreu a um cargo majoritário. Antes de ser eleita suplente de Dias, aliás, ela havia testado as urnas somente na disputa pela vice-prefeitura do município de Fronteiras, mas saiu derrotada. Ela é esposa do deputado Julio Cesar — o parlamentar passou os últimos quatro anos alinhado a Bolsonaro, votando a favor até de propostas polêmicas, como a PEC do Voto Impresso.

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