Com os reservatórios de água abaixo do volume ideal, os orizicultores da Fronteira Oeste devem interromper a semeadura antes mesmo de concluir a área inicialmente projetada para a safra 2022/2023. Na região, responsável pela produção de 30% do arroz do rio Grande do Sul, 94% dos 259,5 mil hectares previstos já foram plantados, conforme levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgado nesta sexta-feira (11).
Nessa área, a tendência é de que o cultivo não ultrapasse os 246,5 mil hectares, projeta o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho. O dirigente, aliás, estima que a área total destinada à cultura para o Estado nesta safra fique em 850 mil hectares, 1,5% abaixo da intenção de plantio projetada em agosto, de 862,4 mil hectares, e 11,2% menor que no período 2021-2022.
O risco hídrico é corroborado pela diretora técnica do Irga, Flávia Tomita. Segundo ela, há uma tendência de ocorrência do La Niña, que, embora favoreça a cultura do arroz, levanta um alerta quanto ao mananciais.
Leia mais no Jornal do Comércio