Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
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Copa do Mundo 2022: como é a pobreza no multimilionário Catar, da BBC

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Um trabalhador de Bangladesh descansa na cama em um campo de trabalho privado no Catar. Pobreza afeta trabalhadores estrangeiros no Catar. CRÉDITO,AFP VIA GETTY IMAGES

O Catar, que sedia o Mundial de 2022, se tornou conhecido como um dos países mais ricos do mundo, mas pouco se fala sobre a pobreza nessa pequena nação do Oriente Médio.

Esta é experimentada por parte dos estrangeiros, que são 90% de sua população.

Em 1971, quando ganhou independência do Reino Unido, o Catar tinha um PIB (Produto Interno Bruto, soma de bens e serviços de um país) de cerca de US$ 400 milhões. Hoje, sua economia gira em torno de US$ 180 bilhões, ou seja, um aumento de 45.000%.

Isso se deveu, principalmente, pela descoberta do petróleo e gás natural — juntas, essas duas matérias-primas respondem por mais da metade das receitas do país.

Com tanto dinheiro, a pequena nação atraiu um número extraordinário de migrantes e pôde investir maciçamente em infra-estrutura, com construções suntuosas em meio ao clima desértico.

Também praticamente “eliminou” a pobreza — pelo menos, conforme as estatísticas oficiais.

Mas, na verdade, esses dados mascaram um problema profundo na sociedade catariana.

O Catar tem hoje cerca de 3 milhões de habitantes. Mas, desse total, apenas 350 mil (cerca de 10% da população) são catarianos — o restante é estrangeiro.

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