O ministro das Comunicações, Fábio Faria; o presidente do TSE, Alexandre de Moraes; o ministro do STF Ricardo Lewandowski; e o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Alberto Simonetti, foram convidados, mas não compareceram a audiência da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado (CTFC), nesta quarta-feira (30).
Fernando Cerimedo, fundador da Numen Publicidad, reapresentou durante a audiência um relatório que, segundo ele, identificou “anomalia” no processo eleitoral para escolha do presidente. Para Cerimedo, os dados levantados indicam uma “provável fraude”. Ele reafirmou que as urnas eletrônicas anteriores a 2020 não possuem memória interna e podem ter sido alvo de manipulação para favorecer o candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
— O impedimento do fortalecimento da transparência no processo eleitoral por meio da imposição da ideia de lisura das urnas e das eleições, com a condenação das contestações, é um claro processo de inversão de conceitos — argumentou.
Já o presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Rocha, apresentou o relatório que essa entidade fez a pedido do PL. Rocha disse que o estudo identificou “indício de mau funcionamento da urna” devido a supostos erros encontrados a partir de dados constantes na documentação pública e no “Log de Urna”, fornecidos pelo TSE. Por outro lado, ele afirmou que o próprio TSE pode realizar uma análise, a partir de colaboração com a Polícia Federal, para verificar se esses erros são apenas erros de programação.
— Nosso trabalho não atacou as urnas. Nós consideramos as urnas um bom produto. Nós estamos aqui apresentando oportunidades de melhorias. Em nenhum momento nós mencionamos fraudes. Não nos cabe afirmar [isso] porque nós não temos evidência disso. E isso será analisado dentro do processo de verificação extraordinária e, eventualmente, se for necessário, o TSE é quem vai decidir isso. Naturalmente existem, por exemplo, especialistas em perícia digital forense na Polícia Federal que podem fazer um aprofundamento nas causas eventuais que geraram esses erros. Que podem ser meramente um erro de programação — ressaltou Rocha.
Além de senadores como Luis Carlos Heinze (PP-RS), participaram do debate vários deputados federais que apoiam o governo Bolsonaro, como Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), General Girão (PL-RN), Otoni de Paula (MDB-RJ), Daniel Silveira (PTB-RJ), Filipe Barros (PL-PR), José Medeiros (PL-MT), Delegado Éder Mauro (PL-PA) e Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG), entre outros. (Agência Senado)