Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
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Defensoria recomenda revisão de regras sobre aborto e escolas militares ao governo de transição, por Juliana Braga/Folha de São Paulo

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Em documento, defensores sugerem revogação de atos de Jair Bolsonaro (PL). Defensor público-geral federal, Daniel Macedo, entrega ao gabinete de transição de governo levantamento com normas a serem revogadas - Divulgação/Comitê de Transição de Governo

 

 

O defensor público-geral federal, Daniel Macedo, entregou à transição de governo um levantamento feito pela DPU (Defensoria Pública da União) com a recomendação de revogação de normas editadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Entre os pontos a serem revistos, a Defensoria sugere reverter a portaria 2.282/2020 do Ministério da Saúde que obriga médicos a comunicarem a polícia quando mulheres solicitarem o aborto legal em casos de estupro e coletar material genético dos fetos para investigação acerca de agressores.

“O dever de comunicação à autoridade policial sem observar a decisão da mulher pode violar o direito ao sigilo, à privacidade e à autonomia. Além da quebra do dever ético de sigilo profissional, tipificado como crime no art. 154 do CP [Código Penal], há desrespeito à inviolabilidade da intimidade e da vida privada prevista no art. 5º, X, da Constituição Federal”, diz o documento.

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