O governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não precisa colocar mais dinheiro na educação e na assistência social para reduzir as desigualdades regionais e o abismo que separa ricos e pobres, segundo o economista Marcos Mendes, pesquisador do Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper e consultor licenciado do Senado.
“É preciso melhorar a qualidade do gasto na educação e na política social”, diz ele. Na avaliação do economista, a reforma na educação é peça-chave para o País deslanchar. “Ao invés de subsidiar empresas para irem para o Norte e Nordeste, é preciso investir nas pessoas do Norte e Nordeste para elas terem capacidade de gerar renda”, afirma.
A teoria econômica moderna, observa, mostra que crescimento se faz com aumento do capital intelectual, capital humano, geração de ideias e habilidades das pessoas de usarem tecnologias mais sofisticadas.
Essa é uma das conclusões de um estudo inédito intitulado Reformas, políticas públicas de qualidade e a desigualdade regional, feito por Mendes, onde ele aponta a ineficácia de políticas regionais de subsídios. Adotadas desde os anos 1950 para atrair a instalação de empresas no Norte e Nordeste do País, a fim de gerar emprego e renda localmente, as medidas, na sua avaliação, não deram em nada. Pior: abriram margem para a corrupção, avalia.
Leia mais em Estado de São Paulo