Porto Alegre, sexta, 22 de novembro de 2024
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Escolha para a PRF deflagra a primeira crise entre aliados de Lula contrários à Lava Jato, por Rafael Moraes Moura/O Globo

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O novo ministro da Justiça, Flávio Dino Cristiano Mariz/Agência O Globo

 

 

A escolha do policial Edmar Moreira Camata para comandar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) enfureceu dirigentes petistas e integrantes do grupo Prerrogativas, que reúne advogados aliados de Lula e críticos aos métodos de investigação da Lava Jato.

O delegado é um conhecido defensor da Lava Jato, e várias vezes se manifestou a favor das prisões da operação – inclusive a de Lula, que depois de ficar 580 dias encarcerado em Curitiba, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, teve as sentenças anuladas pelo Supremo Tribunal Federal em 2021.

Em 2018, Camata foi candidato a deputado federal pelo PSB capixaba com o lema “para a Lava Jato não acabar”.

Às vésperas do primeiro turno e com Lula preso, escreveu no Facebook:

“Até agora, já foram condenadas 188 pessoas na Operação Lava-Jato. Se as penas fossem somadas dariam 1861 anos e 20 dias. Não podemos deixar a maior operação anticorrupção do país parar, você concorda? Vote em um candidato que garanta a continuidade de pacotes anticorrupção.”

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