A escolha do policial Edmar Moreira Camata para comandar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) enfureceu dirigentes petistas e integrantes do grupo Prerrogativas, que reúne advogados aliados de Lula e críticos aos métodos de investigação da Lava Jato.
O delegado é um conhecido defensor da Lava Jato, e várias vezes se manifestou a favor das prisões da operação – inclusive a de Lula, que depois de ficar 580 dias encarcerado em Curitiba, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, teve as sentenças anuladas pelo Supremo Tribunal Federal em 2021.
Em 2018, Camata foi candidato a deputado federal pelo PSB capixaba com o lema “para a Lava Jato não acabar”.
Às vésperas do primeiro turno e com Lula preso, escreveu no Facebook:
“Até agora, já foram condenadas 188 pessoas na Operação Lava-Jato. Se as penas fossem somadas dariam 1861 anos e 20 dias. Não podemos deixar a maior operação anticorrupção do país parar, você concorda? Vote em um candidato que garanta a continuidade de pacotes anticorrupção.”
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