O ano de 2023 começou com a perspectiva de forte mobilização social na França pela insistência do presidente Emmanuel Macron em querer aprovar, até o mês de julho, uma reforma da Previdência destinada a aumentar a idade mínima de aposentadoria dos atuais 62 anos para 64 ou 65 anos.
Os detalhes do projeto de lei serão apresentados na semana que vem, no dia 10. Mas essa reforma impopular, rejeitada por dois terços da população, segundo uma pesquisa do instituto Ifop, e também por todas as organizações sindicais de trabalhadores do país, evidencia um desgaste importante de Macron perante a opinião pública e sinaliza meses de protestos pela frente.
Grupos de coletes amarelos retornam às ruas neste sábado (7) para protestar contra o projeto, o aumento dos custos da energia, dos combustíveis e da inflação, assim como a falta de votação parlamentar na aprovação do Orçamento de 2023. Motivos para reclamar não faltam, mas ninguém sabe se o movimento vai ganhar força como aconteceu em 2018, quando surgiu, motivado na época pelo aumento dos preços dos combustíveis. Há páginas do Facebook com chamados para passeatas em Paris e outras cidades francesas. Uma outra manifestação, da oposição de esquerda e de organizações estudantis, já está marcada para 21 de janeiro.
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