Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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Estiagem provoca queda na produção de leite, por Nereida Vergara/Correio do Povo

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Quebra no milho silagem, principal alimento das vacas, leva produtores gaúchos a reduzir plantéis para equilibrar custos | Foto: Volnei Hesse / Divulgação / CP

 

 

As chuvas mal distribuídas, esparsas e muitas vezes pouco volumosas que caracterizam o verão no Rio Grande do Sul, em especial nos últimos três anos, sob os efeitos do fenômeno La Ninã, seguem massacrando a produção leiteira do Estado. Pelo quarto ano consecutivo, o produtor de leite gaúcho ingressa na entressafra – época do ano em que a atividade já registra queda na captação de leite em razão da falta de pastagens – com extrema dificuldade. Há regiões, segundo lideranças dos produtores, onde as lavouras de milho para silagem já apresentam perda irreversível entre 50% e 60%, chegando até 100% em áreas críticas. Como a silagem é a base primordial da alimentação do gado leiteiro, a falta dela é o golpe de misericórdia nos custos das propriedades.

O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), Eugênio Zanetti, que também é coordenador do Conseleite/RS, adverte que se as condições climáticas se mantiverem como estão até o momento as consequências serão piores que nos últimos anos . “Já estamos com mais de 70 municípios em situação de emergência”, diz Zanetti, ao observar que os açudes prometidos com os recursos do Avançar RS no ano passado, que por entraves burocráticos não saíram do papel, estão fazendo muita falta.

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