Em primeira viagem à Argentina para participar da Celac (Cúpula de Estados Latino Americanos e Caribenhos), que ocorre nesta terça-feira, 24, em Buenos Aires, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a volta de aportes do BNDES para “ajudar” a economia de países vizinhos e citou como exemplo o financiamento do gasoduto de Vaca Muerta, na Argentina.
Trata-se de um dos mais ambiciosos projetos do país vizinho, envoltos em polêmicas ambientais e sociais. Seria necessária a construção de uma rede de gasoduto para transportar gás natural produzido no campo de Vaca Muerta, localizado na Província de Neuquén, a oeste da região da Patagônia, até os principais mercados consumidores. Segundo estimativas, ali estão a segunda maior jazida de gás xisto do mundo e a quarta de petróleo não-convencional. A energia é chamada de “não convencional” porque, assim como o pré-sal necessita de tecnologia de última geração para chegar a ser extraída.
Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o interesse no financiamento da obra é a compra do gás que beneficiará o Brasil, que hoje está rendido ao produto importado da Bolívia. Para ele, “o gás é a garantia do próprio investimento, uma commodity de preço dolarizado” e a iniciativa “pode ter financiamento brasileiro e de uma agência internacional”.
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