O Rio Grande do Sul enfrenta a estiagem mais severa em quatro anos, mobilizando o governador Eduardo Leite a formar um comitê permanente de enfrentamento aos impactos da seca no Estado. Até o momento 212 dos 497 municípios gaúchos noticiaram declaração de Situação de Emergência, incluindo Porto Alegre, que protocolou o pedido na última quarta-feira. A falta de água para os animais e abastecimento de pessoas em praticamente todas as regiões já resultam em perdas e baixas em culturas das mais variadas. Os problemas já aparecem nas vendas de alguns produtos aos consumidores finais, incluindo na Capital.
Um exemplo é a Feira Ecológica do Bom Fim, junto ao Parque Farroupilha (Redenção). Alguns produtores já percebem determinadas mudanças por conta da falta de chuva e o calor intenso dos últimos dias. É o caso da família Justin, vinda do município de Itati, no litoral Norte, que mantém uma agroindústria familiar de alimentos orgânicos. “A batata-doce está parada, não desenvolve direito. Temos plantado mas não tem irrigação e dificulta ainda mais. O mesmo acontece com o milho, até tem, mas nada comparado a anos anteriores”, diz a matriarca, Marlene. A produtora reconhece que os custos deveriam resultar em reajustes nos preços, mas a família preferiu não encarecer os produtos. “Nosso foco maior é banana e o feijão, se bem que este último não veio na quantidade esperada”, revela Marlene, que junto do marido Odari, participa há 30 anos da Feira Ecológica.
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