Porto Alegre, sábado, 21 de setembro de 2024
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Produtores de frutas de Porto Alegre relatam perdas de até 50% da produção com estiagem, por Felipe Faleiro/Correio do Povo

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Propriedade de dez hectares, que produz diversas variedades no bairro Campo Novo, sofre com os efeitos da seca. Ildemar José Piber, produtor de diversas variedades, já vê redução no cultivo de melões | Foto: Alina Souza

 

 

Produtores rurais de Porto Alegre sentem os efeitos persistentes da estiagem que afeta todas as regiões do Rio Grande do Sul. A Capital é uma das centenas de cidades no Estado com decretos ativos de situação de emergência junto à Defesa Civil, o que permite pleitear a agilidade de recursos por parte dos governos estadual e federal. No campo, os efeitos da seca são visíveis nos cultivos das propriedades e na própria produção de alimentos, que reduz com a falta de chuvas e as altas temperaturas.

A família da produtora Giordana Piber e seu pai, Ildemar José Piber, mantém uma propriedade de dez hectares no bairro Campo Novo, na zona Sul, onde cultivam pêssego, ameixa, flores, uva e melão, entre outras frutas. Giordana permanece na banca no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico, que integra a 31ª Festa da Uva e Ameixa de Porto Alegre, e afirma que, com a estiagem, houve queda de 40% na produção deste último.

“Meu pai plantou três mil pés de melão, com a ideia de colher por uns dois meses. Como produziu pouco, ele tentou molhar, se fixando no melão e deixando de fazer na bergamota, por exemplo. Isto vai gerar um problema para esta fruta mais à frente. Aí você vai ver lá e têm um pé bem carregado, e dois ou três que não têm nada. Calculamos que teremos uma perda de 50% das frutas que não virão”, salienta Giordana.

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