Porto Alegre, sábado, 21 de setembro de 2024
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Amigo de Lula aciona Lewandowski para se livrar de processo da Lava Jato, por João Pedroso de Campos/Veja

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Paulo Okamotto pediu ao ministro do STF que estenda a ele decisão que beneficiou o presidente ao anular provas da Odebrecht. Paulo Okamotto, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diretor do Instituto Lula Paulo Lopes/Futura Press

 

 

Um dos amigos mais próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diretor do instituto que leva o nome do petista, Paulo Okamotto acionou o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), para tentar se livrar de um processo em que é réu na Justiça Federal do Distrito Federal, aberto a partir da Operação Lava Jato. O caso trata de doações supostamente ilícitas da Odebrecht ao Instituto Lula entre 2013 e 2014, no valor total de 4 milhões de reais.

Assim como empresários e políticos que têm tentado, e conseguido, decisões favoráveis de Lewandowski, Okamotto quer que o ministro estenda a ele um entendimento aplicado em benefício do próprio Lula, em setembro de 2021, e considere nulas as provas apresentadas contra ele a partir do acordo de leniência da empreiteira baiana. Ao declarar o material como imprestável, Lewandowski lembrou que os arquivos chegaram a ser transportados em sacolas de supermercado por procuradores da Lava Jato, “sem qualquer cuidado quanto à sua adequada preservação”.

A acusação contra Okamotto e outros réus pelo caso das doações ao instituto têm entre as evidências a “planilha Italiano”, que tratava de vantagens indevidas negociadas entre a empreiteira e o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci, e a conta denominada “amigo”, que segundo a empreiteira era destinada a atender Lula com propinas.

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