Mergulhado em conflitos internos após as eleições de 2022, o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, passou a ser visado pela articulação política do governo Lula (PT), que busca ampliar sua base de apoio no Congresso atraindo parlamentares menos vinculados ao bolsonarismo. Nos cálculos de lideranças do próprio PL, até um quarto dos 110 deputados e senadores da sigla tendem a votar com o Executivo, como antecipou o blog da colunista Malu Gaspar, do GLOBO. Eles evitam, contudo, uma adesão explícita para não inviabilizar a convivência com a bancada bolsonarista.
A cisão entre aliados de Bolsonaro e aqueles mais ligados ao presidente do partido, Valdemar Costa Neto, tem se reproduzido nas Assembleias Legislativas de estados em que o PL fez as maiores bancadas, como São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina. No Rio, o governador reeleito Cláudio Castro (PL) entrou em rota de colisão com a cúpula da sigla em meio a acenos a Lula, com quem trocou afagos, ontem, durante uma visita do presidente à capital fluminense.
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