Porto Alegre, domingo, 22 de setembro de 2024
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Entrevista: 'Sou oposição e não tenho relação com a indicação de cargos pelo partido', diz Moro, por Jussara Soares/O Globo

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Moro volta a criticar Lula em evento nos Estados Unidos Sérgio Moro (União-PR) criticou a regulamentação das redes sociais e lembrou do recente embate com o presidente Lula (PT) BN Bruno Nogueira* 02/04/2023 16:48 - atualizado 02/04/2023 18:26 COMPARTILHE SIGA NO google news O senador Sérgio Moro (União-PR) voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante fala no evento Brazil Conference at Harvard & MIT, em Boston, nos Estados Unidos, no sábado (1º/4). No painel "Regulação e Transparência na Era da Desinformação", Moro criticou propostas de regulação das redes sociais. LEIA MAIS 12:52 - 02/04/2023 Ciro Nogueira: 'com oposição responsável, voltaremos ao poder facilmente' 11:48 - 02/04/2023 Ministro de Lula: 'Este governo não trata parlamentar como gado' 10:29 - 02/04/2023 Ex-ministro de Bolsonaro: "Lula não se atualizou, não deveria ter voltado" Recentemente, o Governo Lula enviou sugestões para o Projeto de Lei (PL) das Fake News ao relator na Câmara dos Deputados, Orlando Silva (PCdoB-SP). Entre os diversos pontos da proposta está a criação de uma entidade autônoma, com regulamentação própria, que fiscalizaria se as plataformas estão cumprindo a Lei. Para Moro, é necessário que o projeto passe por um debate criterioso, para evitar que se coloque "nas mãos" do governo um poder de supervisão, que no entendimento do senador pode resultar em alguma espécie de censura. Foto: Cristiano Mariz/ O Globo

 

 

Responsável pela condenação em primeira instância no processo que posteriormente levou o presidente Lula à cadeia, o ex-juiz e agora senador Sergio Moro (União Brasil-PR) diz que, apesar de seu partido ter indicado três ministros e negociar outros cargos, será oposição. No primeiro lance no Congresso, está empenhado em desarquivar a proposta que permite a prisão após sentença em segundo grau, mas assegura que o mandato irá além de temas relacionados à Operação Lava-Jato. Ele já propôs, por exemplo, uma emenda à Medida Provisória que trata do Conselho Monetário Nacional,sobre a fixação da meta de inflação.

Seu partido, o União Brasil, indicou três ministros, e o governo Lula trabalha para aumentar a base com a negociação de mais cargos. O senhor está desconfortável?

As lideranças do União Brasil têm reiteradamente afirmado que o partido é independente e que caberá aos congressistas definirem suas linhas de atuação. Eu, desde o início, me posicionei como oposição racional e democrática. Não acredito nas pautas do PT. Fechamento da economia, fim das privatizações, a tentativa de destruir o regime de metas de inflação, ausência de combate à corrupção. Sou contra tudo isso. A decisão de algumas pessoas integrarem ao governo é delas, não tenho nenhuma relação com isso.

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