O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, considerar sua figura “irrelevante” para as decisões da instituições e que, se saísse da presidência do BC as decisões “não mudariam muito”. Ele também negou pretensões de seguir a vida política após o fim de seu mandato, em dezembro de 2024, e que pretende voltar para o setor privado.
“Hoje, a gente tem um grupo de diretores que é bastante próximo na forma de pensar. E temos um arcabouço onde as decisões são técnicas. A gente não chega e fala: ‘Hoje vai fazer isso, vai fazer aquilo’. A gente tem um sistema de metas de inflação, e pode ser questionado na lei. A gente entende que é o melhor sistema”, afirmou.
Segundo ele, o sistema de metas de inflação e as variáveis e os modelos usados fazem com que o banco não dependa de sua pessoa. “Eu devo meu trabalho a todo mundo que se esforçou pela autonomia e, de novo, Roberto Campos como figura, sou irrelevante nesses processos. É um processo de melhorar a instituição do Banco Central”, disse.
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