Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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Pesquisa da FIERGS aponta baixo nível de confiança do industrial gaúcho. ICEI-RS atingiu 45,9 pontos em fevereiro, queda em relação ao mês anterior

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Foto: Dudu Leal

 

 

O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), divulgado nesta quarta-feira (15) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), continua a mostrar pessimismo disseminado entre os empresários. O resultado da pesquisa atingiu 45,9 pontos em fevereiro, redução de um ponto em relação a janeiro, e de 17 após quatro quedas nos últimos cinco meses, desde outubro do ano passado. “A percepção da indústria gaúcha é de perdas na economia brasileira. O setor também não vê, diante do elevado nível de incerteza, perspectivas de melhora para o País. O cenário econômico nacional segue indefinido em relação à condução da política econômica, sobretudo dos problemas fiscais, além dos juros elevados e da inflação persistente que provocam impacto na atividade do setor”, afirma o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

O nível de confiança em fevereiro de 2023 é o mais baixo desde junho de 2020, registrando valores menores apenas em julho de 2005, em função da estiagem histórica; em janeiro de 2009, por causa da crise financeira mundial; entre junho de 2014 e maio de 2016, a maior recessão da história do Brasil; e de abril a junho de 2020, em consequência da pandemia. O ICEI-RS, assim como seus componentes, varia de zero a cem pontos, sendo que 50 separa a presença da ausência de confiança.

O Índice de Condições Atuais recuou para 41,5 pontos, revelando, abaixo de 50, piora nas condições dos negócios nas empresas, que foi mais intensa e disseminada do que em janeiro, quando atingiu 46,3. São 16,7 pontos perdidos desde outubro. Já o Índice de Condições Atuais da Economia Brasileira mostrou a maior queda, 5,5 pontos, de 41,6 para 36,1 no período, refletindo o percentual maior de empresários que percebem piora (eram 43,2%, em janeiro, passando para 52,1%, em fevereiro) e queda na parcela dos que veem melhora, de 12,6% para 2,6%. As condições das empresas também se agravaram: o índice recuou de 48,7 para 44,2 pontos. Em fevereiro, um terço delas  afirmaram que suas condições pioraram nos últimos seis meses.

 EXPECTATIVAS – As expectativas para os próximos seis meses ficaram menos pessimistas, em fevereiro, na comparação com janeiro. O Índice de Expectativas subiu de 47,2 para 48,1 pontos no período. Mesmo com alta, o valor abaixo de 50 indica pessimismo, refletindo as perspectivas bastante negativas para a economia brasileira (o índice subiu de 38 para 40,7 pontos). De janeiro para fevereiro, o percentual de empresários pessimistas com a economia brasileira caiu de 51,4% para 41,2% e o de otimistas também baixou de 14,2% para 10,8%, aumentando a parcela com perspectiva neutra de 34,4% para 48%.

O Índice de Expectativas para as Empresas, por fim, manteve-se no mesmo patamar de janeiro, em 51,8 pontos, indicando uma perspectiva ligeiramente positiva (pouco acima de 50 pontos) para o desempenho das empresas nos próximos seis meses.

O levantamento foi realizado entre 1º e 9 de fevereiro, com 194 empresas, sendo 45 pequenas, 64 médias e 84 grandes. Clique aqui para conferir a pesquisa completa.