José Juscelino dos Santos Rezende, pai e principal padrinho político do ministro das Comunicações do governo Lula, é réu na Justiça do Maranhão por encomendar a morte de um agiota na cidade de Vitorino Freire, no interior do Maranhão, reduto eleitoral da família. A denúncia por homicídio qualificado foi aceita em 2007, mas o caso está travado há dois anos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) porque Juscelino Rezende tenta manter o julgamento em Vitorino Freire.
Indicado do União Brasil para o Ministério das Comunicações, Juscelino Filho é citado pelo Ministério Público do Maranhão como “herdeiro político” do pai. Rezende foi prefeito de Vitorino Freire por dois mandatos, entre 1997 a 2000 e 2000 a 2004, e deputado estadual. Ele foi fundamental para Juscelino conquistar o primeiro mandato de deputado federal, em 2014. Naquela eleição, Juscelino foi o candidato mais votado em Vitorino Freire, com cerca de 7 mil votos.
O MP acusa Rezende de ter pagado R$ 18 mil para um “temido pistoleiro” da região matar o agiota José Soares Rodrigues, conhecido como “Zezico Galego”, no dia 18 de julho de 2003. A vítima, identificada pelo MP como “um grande agiota da região”, integrava o “círculo de amizade” de Rezende e teria emprestado “vultosa quantia” em dinheiro para o então prefeito fazer campanha eleitoral.
Segundo a denúncia oferecida pelo MP, Rezende negociou os detalhes do crime, por meses, com um comerciante local. O pistoleiro Ruberval Gomes da Silva, supostamente contratado por Rezende, estava na garupa de uma moto quando desferiu o tiro fatal no pescoço da vítima.
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