Porto Alegre, sexta, 22 de novembro de 2024
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Lula diz que país não pode ser refém de Campos Neto e cobra corte dos juros, por Marianna Holanda e Matheus Teixeira/Folha de São Paulo

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Presidente disse que chefe da autoridade monetária não foi eleito. O presidente do Brasil, Luiz Inacio Lula da Silva, no relançamento do Bolsa Família, em Brasília - Adriano Machado/Reuters

 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar, nesta quinta-feira (2), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dizendo que o país não pode ser seu refém.

As declarações do chefe do Executivo ocorrem após a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) acumulado de 2,9% em 2022, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No quarto trimestre, o resultado recuou em 0,2%.

“Ora, por que esse cidadão, que não foi eleito para nada, acha que tem o poder de decidir as coisas e ainda ‘vou pensar como posso ajudar o Brasil’? Não, você não tem que pensar em como ajudar o Brasil, você só tem que pensar como reduzir a taxa de juros para que esse país volte a ter crédito, para economia voltar a funcionar, é isso que tem que fazer”, disse Lula, em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, na BandNews.

“E isso não é bravata minha porque não tenho interesse de ficar brigando com presidente do Banco Central. A única coisa que eu acho é o seguinte: esse país não pode ser refém de um único homem”, completou.

Desde que o Banco Central decidiu manter a taxa de juros em 13,75%, começou uma crise entre o chefe da autoridade monetária e o chefe do Executivo. Aliados de Lula aconselharam-no a cessar os ataques, o que ocorreu por alguns dias.

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