Porto Alegre, terça, 24 de setembro de 2024
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Esvaziamento de Ministério da Agricultura e acenos ao MST geram atritos entre Lula e o agronegócio, por Bruno Góes, Jenniffer Gularte e Sérgio Roxo /O Globo

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Ruralistas avaliam que PT concentra parte importante das políticas públicas para o setor. Após tentativa de aproximação na campanha eleitoral, o presidente Lula tem gerado insatisfações em parte do agronegócio. Foto: Ricardo Stuckert/23-03-2018

 

 

Após uma tentativa de aproximação com o agronegócio durante a campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem acumulado atritos com parte do setor desde que tomou posse. As queixas de representantes do ramo, em sua maioria alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, vão do esvaziamento do Ministério da Agricultura, que teve suas funções partilhadas com outras pastas, aos acenos do novo governo ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), visto como ameaça pelos ruralistas.

Principal ponte com o setor, o Ministério da Agricultura perdeu a gestão da área de agricultura familiar e do Cadastro Ambiental Rural (CAR), além de estruturas como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Esses órgãos foram transferidos para os ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente. A avaliação é que a divisão concentrou parte importante das políticas públicas voltadas ao agronegócio nas mãos do PT, que tem histórico de embates com os ruralistas. A Conab, entregue ao ex-deputado Edegar Pretto (PT-RS), por exemplo, é responsável por supervisionar o Plano Safra, programa que concede crédito a pequenos e médios produtores.

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