Porto Alegre, terça, 24 de setembro de 2024
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Por que temos tantos e tão poucos médicos no Brasil?, por Eduardo Neubarth Trindade/O Estado de São Paulo

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Para atender às comunidades carentes de assistência em saúde, é indispensável valorizar o profissional por meio de uma carreira de Estado, dando estrutura para atendimento digno tanto ao médico quanto ao seu paciente

 

 

A grave crise humanitária, alimentar e sanitária encontrada em território Yanomami reacendeu a discussão sobre a contratação de médicos para atendimento de pessoas em localidades remotas ou em situação de vulnerabilidade. Com isso, o Ministério da Saúde pretende dar celeridade ao Programa Mais Médicos para atender à região dos Distritos Sanitários Indígenas (Dsei) Yanomami.

A calamidade dos Yanomamis é a consequência mais desumana da série de irresponsabilidades, de descasos e de crimes que assola a Amazônia e suas comunidades há décadas. O problema precisa ser enfrentado com urgência e seriedade, a partir de um diálogo profundo e de um esforço conjunto que garantam assistência, direitos e dignidade aos povos indígenas.

No entanto, a contratação isolada de mais médicos não é a solução para essa e outras situações de desassistência à população. O número de profissionais no Brasil é mais do que suficiente para atender à demanda do território nacional. Não faltam médicos. Falta estrutura para prestar um atendimento de qualidade.

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